São Matias, Apóstolo — o escolhido que completou o número dos Doze
São Matias é aquele nome que entra no Evangelho como quem entra num coro já formado — não com estrépito, mas com um peso que só a Providência sabe colocar sobre os ombros de um homem. Não foi escolhido por Cristo durante Sua vida pública, mas foi eleito logo após a Ascensão, para preencher o vazio deixado por Judas Iscariotes, o traidor. E esse detalhe não é pequeno: ele não foi um dos primeiros, mas foi um dos fiéis até o fim. Estava lá o tempo todo, como tantos outros discípulos que caminharam com Jesus sem ocupar o centro da cena.
Relato bíblico:
Nos Atos dos Apóstolos (1,15-26), Pedro levanta a voz entre os irmãos e recorda um trecho do Salmo 109(108), que diz: "Tome outro o seu bispado". Com isso, abre-se o discernimento sobre quem deveria ocupar a vaga apostólica. São propostos dois nomes: José Barsabás (chamado Justo) e Matias. E aí, com um gesto que já carrega um sopro da Antiga Aliança, mas ainda respira os ares da Nova, lançam sortes — e Deus aponta Matias.
Foi a última vez, aliás, que a Igreja usou esse método. O Espírito Santo viria em Pentecostes para guiar a Igreja de maneira mais plena. Mas naquele momento, a escolha de Matias sela algo importante: o colégio apostólico precisava estar completo para receber o Espírito com a força dos Doze. E Matias foi contado entre eles.
Perfil de Matias:
Pedro diz que ele acompanhou Jesus "desde o batismo de João até o dia em que foi elevado ao céu". Ou seja: Matias foi um daqueles discípulos discretos e fiéis — estava presente, escutava, seguia, amava. Provavelmente fazia parte dos setenta e dois discípulos mencionados por Lucas (10,1). Mas o que mais define Matias é justamente sua fidelidade silenciosa.
E é curioso: quanto menos sabemos sobre ele, mais eloquente sua presença se torna. Ele representa todos os que não são apóstolos de vitrine, mas santos de bastidor.
Tradições posteriores:
Depois de sua eleição, a Bíblia não o menciona mais diretamente. Mas tradições antigas dizem que ele evangelizou várias regiões — da Judeia até a Etiópia e a Cólquida (hoje Geórgia). Teria sido martirizado — alguns dizem que foi crucificado, outros que foi decapitado em Jerusalém. Uma versão até menciona que morreu em idade avançada, como um ancião da Igreja primitiva.
Na Geórgia, há quem diga que seus restos repousam na antiga fortaleza romana de Gônio, às margens do Mar Negro. Já Hipólito de Roma atesta sua morte em Jerusalém.
A missão e o legado:
São Matias nos lembra que o chamado de Deus não é um espetáculo. Ele chegou depois, mas chegou para ficar. O número dos Doze era importante não por formalismo, mas porque a Igreja que nascia precisava de colunas inteiras. Matias não substituiu Judas apenas numericamente — substituiu sua infidelidade por lealdade, sua traição por permanência.
No fim, ele é um ícone dos que são escolhidos sem fazer barulho, dos que permanecem fiéis mesmo sem aplauso, dos que, como Maria, fazem o que devem fazer e somem atrás da Cruz de Cristo.
Festa litúrgica: 14 de maio.
São Matias, Apóstolo
São Matias, Apóstolo — o escolhido que completou o número dos Doze
São Matias é aquele nome que entra no Evangelho como quem entra num coro já formado — não com estrépito, mas com um peso que só a Providência sabe colocar sobre os ombros de um homem. Não foi escolhido por Cristo durante Sua vida pública, mas foi eleito logo após a Ascensão, para preencher o vazio deixado por Judas Iscariotes, o traidor. E esse detalhe não é pequeno: ele não foi um dos primeiros, mas foi um dos fiéis até o fim. Estava lá o tempo todo, como tantos outros discípulos que caminharam com Jesus sem ocupar o centro da cena.
Relato bíblico:
Nos Atos dos Apóstolos (1,15-26), Pedro levanta a voz entre os irmãos e recorda um trecho do Salmo 109(108), que diz: "Tome outro o seu bispado". Com isso, abre-se o discernimento sobre quem deveria ocupar a vaga apostólica. São propostos dois nomes: José Barsabás (chamado Justo) e Matias. E aí, com um gesto que já carrega um sopro da Antiga Aliança, mas ainda respira os ares da Nova, lançam sortes — e Deus aponta Matias.
Foi a última vez, aliás, que a Igreja usou esse método. O Espírito Santo viria em Pentecostes para guiar a Igreja de maneira mais plena. Mas naquele momento, a escolha de Matias sela algo importante: o colégio apostólico precisava estar completo para receber o Espírito com a força dos Doze. E Matias foi contado entre eles.
Perfil de Matias:
Pedro diz que ele acompanhou Jesus "desde o batismo de João até o dia em que foi elevado ao céu". Ou seja: Matias foi um daqueles discípulos discretos e fiéis — estava presente, escutava, seguia, amava. Provavelmente fazia parte dos setenta e dois discípulos mencionados por Lucas (10,1). Mas o que mais define Matias é justamente sua fidelidade silenciosa.
E é curioso: quanto menos sabemos sobre ele, mais eloquente sua presença se torna. Ele representa todos os que não são apóstolos de vitrine, mas santos de bastidor.
Tradições posteriores:
Depois de sua eleição, a Bíblia não o menciona mais diretamente. Mas tradições antigas dizem que ele evangelizou várias regiões — da Judeia até a Etiópia e a Cólquida (hoje Geórgia). Teria sido martirizado — alguns dizem que foi crucificado, outros que foi decapitado em Jerusalém. Uma versão até menciona que morreu em idade avançada, como um ancião da Igreja primitiva.
Na Geórgia, há quem diga que seus restos repousam na antiga fortaleza romana de Gônio, às margens do Mar Negro. Já Hipólito de Roma atesta sua morte em Jerusalém.
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São Matias nos lembra que o chamado de Deus não é um espetáculo. Ele chegou depois, mas chegou para ficar. O número dos Doze era importante não por formalismo, mas porque a Igreja que nascia precisava de colunas inteiras. Matias não substituiu Judas apenas numericamente — substituiu sua infidelidade por lealdade, sua traição por permanência.
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